O Seminário de Geossociolinguística (SEGEL) é um evento organizado pelo grupo de pesquisa do Projeto Geossociolinguística e Socioterminologia (GeoLinTerm), projeto que está vinculado ao Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O SEGEL surgiu em 2009 como um evento de caráter regional – por isso o seu nome original era Seminário Regional de Geossociolinguística (SERGEL) – e passou a ser considerado um evento nacional, SEGEL, a partir de 2017. O objetivo geral do SEGEL é fortalecer a sinergia entre pesquisa, ensino e extensão, aproximando a Graduação e a Pós-Graduação no Curso de Letras, a fim de contribuir para a ciência e a educação na Região Amazônica.
Desde a primeira edição em 2009, o SEGEL conta com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL), da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP) da UFPA, do ILC, e sempre submete suas edições a agências de financiamento como CNPq, CAPES e FAPESPA. A partir da última edição, em 2017, o SEGEL vem sendo organizado em parceria com o Mestrado Profissional em Letras em Rede Nacional (Profletras-UFPA). O SEGEL e o Profletras têm muita afinidade, pois ambos têm o desenvolvimento do ensino e da educação, sobretudo com relação à região amazônica, como uma das preocupações centrais. Na parceria, professores do Profletras-UFPA juntamente com os coordenadores do SEGEL organizam as atividades voltadas para o ensino (conferências, mesas-redondas, comunicações, minicursos) dentro do Simpósio do Profletras-UFPA, e o programa de mestrado profissional se responsabiliza por convidar alguns professores de referência nacional, na área de ensino de língua, para ministrarem conferências e/ou minicursos no Simpósio.
A cada edição, o SEGEL apresenta uma temática que retrata preocupações atuais. Em 2017, o Evento abordou a temática “Variação e Diversidade Linguística: as novas tendências dos estudos variacionistas”. A escolha dessa temática teve como objetivo principal reavaliar as bases teóricas e metodológicas das pesquisas em variação linguística, refletindo sobre as novas tendências dos estudos neste campo da linguística. Durante os três dias do evento, de 22 a 24/11/2017 , houve 6 minicursos, 6 palestras, 11 simpósios temáticos (com 86 comunicações), 4 mesas-redondas (com 14 comunicações), 20 comunicações livres, 16 pôsteres, 3 reuniões de grupo de trabalho e de pesquisa (Reunião do Comitê do Atlas Linguístico do Brasil, Reunião com a coordenação nacional do Profletras, e Reunião com o professor Salah Mejri, da Universidade de Paris 13-França), sete livros lançados (Atlas Linguístico do Amapá; Estudos geossociolinguísticos do português brasileiro; Documentos 7: Projeto Atlas Linguístico do Brasil; Pesquisa, ensino e formação docente: experiências do Profletras-UFPA; Relações bakhitinianas: linguagens e práticas docentes). Houve 151 participantes inscritos. Além disso, o evento apresentou produções bibliográficas do Caderno de resumo dos trabalhos, e estão em fase de conclusão os Anais do evento (com publicação de artigos completos dos participantes), e um livro, com os trabalhos dos professores convidados, que será lançado pela Editora Pontes no início do próximo ano.
Nesta oitava edição, o evento tem como temática “Desafios para os Estudos Geossociolinguísticos: diversidade e respeito às identidades”. A escolha dessa temática tem como foco refletir sobre o caráter humanístico da Linguística e sobre a dimensão ética, estética e política que envolve as identidades sociais.
Ressalte-se que o SEGEL é um evento pensado para um público de interesse formado não só por professores-pesquisadores, principais construtores do conhecimento científico na área, mas também por professores da educação básica, para contribuir para a melhoria da formação continuada desses professores e, consequentemente, para uma melhoria da Educação Básica e Superior na Região Amazônica. Além disso, o evento procura dar atenção especial aos alunos da Graduação, da Iniciação Científica ou não, e da Pós-Graduação, pois se entende que não se pode descuidar da formação de novos pesquisadores.
O escopo do evento abriga trabalhos das áreas de Linguística, Letras e Educação, relacionados a pesquisa, a ensino e a novas tecnologias, utilizadas ou utilizáveis para a melhoria da formação e da atuação dos profissionais dessas áreas. Nesse sentido, serão bem-vindas contribuições de professores-pesquisadores, professores da Educação Básica e Superior, estudantes de Graduação e de Pós-Graduação, gestores e técnicos educacionais, profissionais de atividades afins.
O VIII SEGEL contará com a realização de palestras, simpósios, mesas-redondas, minicursos, comunicações e pôsteres.
PROPOSIÇÕES TEMÁTICAS:
- – Atlas linguísticos.
- – Diversidade linguística e identidades sociais.
- – Diversidade linguística em comunidades tradicionais.
- – Ensino do português (como língua materna/com língua estrangeira).
- – Escrita popular.
- – Estudo de rede e práticas sociais.
- – Fraseologia e Paremiologia.
- – Geossociolinguística.
- – Lexicologia educacional.
- – Libras (LSB), diversidade e ensino.
- – Livro didático, variação e ensino.
- – Pesquisa-ação em sociolinguística.
- – Política linguística.
- – Português de contato (com línguas indígenas, língua de imigração).
- – Português quilombola.
- – Sociofonética.
- – Sociolinguística educacional.
- – Socioterminologia.
- – Tradição oral e ensino.